segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Games - Análise de Halo 3 ODST


Desde o anúncio da Bungie dizendo que Halo 3 ODST seria um jogo FULL ao invés de um complemente (DLC) de HALO 3, muitos jogadores “torceram o nariz” e passaram a ver o novo jogo como um mero “caça níquel”.

Graças a força do nome HALO e as primeiras impressões divulgadas na mídia, o jogo vendeu mais de 2 milhões de cópias em apenas 24 horas nos EUA. Um número surpreendente que mostra em números a qualidade do jogo em si e a força que a série tem no mundo dos games.

Infelizmente só tive o privilégio de conhecer a série a partir do terceiro jogo. Na geração passada só tive o Playstation 2 e o Game Cube. Aliás, aqui está um ponto que merece uma discussão inicial. Muitos dizem que HALO é uma série super-estimada e que ela não merece o sucesso que tem hoje em dia, alguns inclusive tem a audácia de dizer que HALO é ruim. Se formos fazer uma pesquisa com estas pessoas, 90% delas só começaram a jogar o HALO 3 (Como eu) e o restante é porque não curte FPS futurístico mesmo.

Realmente se eu fosse analisar a série pelo terceiro jogo, sem conhecer a história de HALO, o jogo não seria aquelas coisas, pois na época em que foi lançado o jogo já era fraco tecnicamente, hoje em dia então, nem se fala.

Mas graças a boa vontade e a dedicação de um fã da série (RAYMON do Portal Xbox), consegui entender a história do jogo inteirinha antes de começar a jogar o terceiro jogo no meu Xbox 360. Abaixo está o LINK para o BioHalo, site que conta a história completa da saga:

http://biohalo.portalxbox.com.br/

Bom, eu precisava fazer esta pequena introdução para analisar HALO 3 ODST, justamente para dizer que não sou um fã de longa data da série, mas que posso dizer de boca-cheia que este novo jogo é um dos melhores, senão o melhor jogo da série lançado até o presente momento.

Graficamente o jogo mantém a mesma engine de HALO 3, porém a bungie conseguiu aplicar algumas melhorias, principalmente na iluminação, fazendo com que o jogo seja o HALO mais bonito até agora (O que ao mesmo tempo pode ou não, ser um elogio, já que a série nunca foi conhecida por ter gráficos realistas).

O destaque mesmo fica por conta do design das fases e o ritmo pela qual a história vai se desenrolando.

A batalha ocorre na cidade humana de New Mombasa entre os eventos de Halo 2 e Halo 3. Logo quando você cai no solo, não demora muito até descobrir que as coisas não vão muito bem, mas é por isso que você foi chamado. Seu personagem tem problemas técnicos na aterrissagem e fica desacordado durante 6 horas. É nesse período que grande parte da história acontece. Quando desperta, vê rastros de guerra por todo lado e nenhum aliado. Apesar disso, ainda há muitos inimigos sitiando a cidade e por isso você deverá sempre que puder optar por uma abordagem tática.

Dessa vez você pode ir até onde quiser, pois você tem um mapa! (Uma novidade na série). Durante todo o jogo, você deve basicamente descobrir o que aconteceu com seus companheiros e ajudar a garantir o sucesso da missão. Seguindo pistas deixadas sem querer por eles, você terá acesso a flashbacks que mostram como aquela cena ficou daquele jeito. Esta é a “cereja do bolo” em ODST.

É extremamente prazeroso jogar HALO 3 ODST desta forma, pois enquanto você está na pele do novato, você precisa adotar uma jogabilidade mais tática e investigativa. Tática, pois há diversos inimigos sitiando a cidade, e encará-los de uma vez sem planejamento (Pelo menos nos níveis mais difíceis) é morte certa. Investigativa, pois você precisa encontrar rastros dos seus amigos que pousaram naquela cidade junto com você e encontrar pistas que relatam o que aconteceu com aquela cidade que está totalmente deserta e destruída pelos Covenants.

Para variar ainda mais a jogabilidade, ao encontrar as pistas deixadas por seus companheiros, você assume o papel do soldado que as deixou num processo de flashback e neste caso a jogabilidade é alterada para o bom e velho tiroteio desenfreado. Toda a jogabilidade clássica da série está ali, com muito tiro, invasões, veículos, etc.

Se não bastasse este primor na forma que é contada a história, Halo 3 ODST possui um das trilhas mais fantásticas que eu já ouvi em um jogo. É perfeita, mesclando muito bem o clima obscuro que o jogo adota nesta nova versão e as sinfonias maravilhosas conhecidas dos jogos anteriores durante os combates.

E se não bastasse isso, temos mais uma vez a oportunidade de jogar um game 100% localizado, ou seja, traduzido competentemente para o Português-BR pela Microsoft Brasil. Um trabalho muito bem feito, principalmente nas gravações de áudio que você encontra durante a campanha.

Muitos reclamaram do tempo de duração do jogo, algo na faixa das 5 a 6 horas de jogo. Eu ainda não cheguei ao final (Já estou quase lá), mas isso não tira os méritos de um jogo que é fantástico nas suas 6 horas de duração. É melhor um jogo fantástico de curta duração do que um jogo mediano com duração longa. Portanto, quando eu jogo algo, prefiro que ele seja bom enquanto durou, e isso meus amigos, vocês podem ter certeza de que HALO 3 ODST será, e com méritos!

Se não bastasse a fantástica campanha, temos o segundo disco com o Multiplayer completo de HALO 3, ou seja, com todos os mapas extras lançados até aqui via DLC na Xbox Live! Além disso, há dois novos mapas para serem jogados e um novo modo chamado “Firefight” (Tiroteio – Tradução no jogo BR) mais conhecido pelos jogadores de Gears of War como o modo HORDA, onde você e seus amigos poderão lutar contra legiões de inimigos vindas em seqüência.

Halo 3 ODST é muito mais do que uma expansão, é um jogo extremamente bem produzido e divertido. No meu caso, vou poder aproveitá-lo ainda mais, justamente porque quase não joguei o Multiplayer de HALO 3 na LIVE.

Nota: 9,0

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