quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Games - Online Pass da EA + Livre BR = FAIL


Fazia tempo que eu estava interessado em adquirir um jogo de MMA, pois adoro o esporte. Minha intenção inicial era comprar o UFC 2010, porém gostei muito da demonstração do EA Sports MMA e aproveitei uma promoção no Ponto Frio e comprei o concorrente da EA.

Logo no início do jogo ele já pede para você informar o seu ONLINE PASS, que está na parte de trás do manual. Pra quem não sabe, o ONLINE PASS é um sistema criado pela EA onde obriga o jogador a ter este código para poder jogar seus jogos ONLINE. Você só pode usá-lo uma vez, ou seja, caso você queira vender este jogo futuramente, o segundo dono não conseguirá jogá-lo ONLINE a não ser que ele compre outro ONLINE PASS diretamente da EA. Isso é uma forma de combater o mercado de usados, pois eles alegam que não ganham nada com este tipo de comercialização (Só precisam avisá-los de que o lucro deles já foi obtido na venda do jogo lacrado). É como se você comprasse um carro 0KM na concessionária e no momento em que for vendê-lo, o fabricante obrigasse o segundo dono (comprador) a pagar uma taxa para poder utilizá-lo. É mole ou quer mais? Se a moda pega, estamos fritos!

Mas se não bastasse esse sistema “mercenário” da EA, a Microsoft Brasil resolveu colaborar e dar a nós jogadores mais uma dor de cabeça neste final de ano.

O ONLINE PASS do EA Sports MMA simplesmente não funciona na LIVE Brasil. E não é só este jogo que está com problemas, o NHL 11 também. Meu amigo Thiago Simões (@thisimoes) que o diga. Já tentei resgatar o código de tudo quanto é jeito mas não adianta. O mais bizarro é que tenho uma conta americana e nela, misteriosamente, consigo jogar ONLINE. Conclusão: Sim, é problema de compatibilidade com a LIVE Brasil.

E sabe o que é mais irritante? O total descaso da Microsoft em resolver o problema. Liguei lá para reclamar e eles simplesmente pediram para que eu entrasse em contato com a EA (Fabricante do jogo). OK, porém a EA não tem suporte no Brasil. E aí, como faço? Comprei o jogo num revendedor oficial da Microsoft Brasil, inclusive o manual está totalmente em Português. Localizar os jogos e comercializá-los é fácil né? Agora disponibilizar algo que é de nosso direito (Jogar ONLINE) eles não fazem! Espertinhos eles não?

Mais um motivo para me arrepender amargamente de ter migrado minha conta para a LIVE Brasil. Agora terei que correr atrás disso para ver se UM DIA, meu problema poderá ser resolvido. Enquanto isso, se você pretende comprar EA Sports MMA ou NHL 2011 e sua conta da LIVE é Brasileira, esqueça amigo! Não faça isso pois você terá um jogo “capado” na sua prateleira.

Obrigado EA e Microsoft Brasil por mais este desgosto!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Filme - Crítica: Os Mercenários [DVD]


Sinopse: Barney Ross (Sylvester Stallone) é o líder de um grupo de mercenários, que realiza qualquer missão desde que ela seja bem paga. Entre seus companheiros usuais estão o especialista em facas Lee Christmas (Jason Statham), Bao Thao (Jet Li) e Gunnar Jensen (Dolph Lundgren), que têm demonstrado instabilidade emocional durante as missões. Um dia, Barney e sua trupe são contratados para derrubar o general Garza (David Zayas), ditador da ilha de Vilena. Barney e Lee vão ao local e encontram Sandra (Gisele Itiê), que deseja derrubar o governo. Só que logo eles são atacados pelas forças de Garza e de Monroe (Eric Roberts), um empresário americano que financia o governo local. Barney e Lee deixam Vilena e abandonam a missão, mas a persistência de Sandra, que deseja ficar para lutar pela liberdade, mexe com os até então inexistentes princípios de Barney.

Crítica: Creio que “Os Mercenários” foi o filme mais esperado do ano por alguns marmanjões que adoram filmes de ação, afinal o filme foi “vendido” com a promessa de reunir na mesma tela os maiores astros de ação dos últimos tempos. Além disso, aqui no Brasil o filme ganhou uma notoriedade grande, pois boa parte das filmagens foram feitas no Rio de Janeiro.

Sempre gostei de filmes de ação e cresci assistindo os filmes de Stallone, Van Damme, Schwarzenegger, Bruce Willis, etc! Nada melhor do que ligar a televisão num dia de semana a tarde e ver esses caras explodindo tudo e matando mais do que as utilidades da Bombril. Apareceu na frente com uma arma, leva chumbo! Era assim que os filmes funcionavam, e era disso que o povo gostava.

De uma forma ou de outra, os filmes de ação foram mudando um pouco de forma, adicionando elementos de espionagem, roteiros um pouco mais elaborados, atores mais preocupados com seu desempenho como ator dramático do que a aparência dos seus músculos, etc. Isso é legal? Claro que sim, mas confesso que sinto falta daqueles filmes em que o mocinho sempre “atirava primeiro e perguntava depois”. Por isso que criei tanta expectativa encima de “Os Mercenários”.

Não que o filme não seja desse tipo, mas infelizmente a história ficou extremamente rasa e 90% dos astros que gostaríamos de ver contracenando juntos, são mal explorados. A participação do Schwarzenegger e Bruce Willis beira o ridículo! O interessante é que até os lutadores de MMA Randy Couture, Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro estão no filme. Ou seja, é uma salada de “bruta montes” como você jamais viu em um filme de ação!

Algumas coisas ficam totalmente sem sentido, como por exemplo, o caso romântico de Statham (Não acrescenta absolutamente nada na trama). E o que dizer da reviravolta que o filme tem no meio, onde o personagem de Stallone acorda e decide voltar ao inferno em prol de uma moça (Interpretada pela brasileira Gisele Itiê) na qual ele trocou meia-dúzia de palavras? Não tem sentido algum!

OK, mas você deve achar que estou entrando numa incoerência e não me importando com a ação em si, certo? Engano seu caro amigo leitor! As cenas de ação do filme são pouco inspiradas e mal exploradas. Não espere ver todos os astros do filme descendo a porrada em centenas de homens, matando outras centenas e ainda fazendo piadinhas com os inimigos mortos no chão! A impressão que se tem é que Stallone ficou tão preocupado em dar um pouco mais de tempo na tela para as dezenas de astros que ele convidou, que no final das contas o maior tempero do filme, a ação, acabou ficando de lado e sendo mal explorada!

Infelizmente “Os Mercenários” tinha tudo para ser um verdadeiro clássico do gênero, mas ficou devendo, e muito! O mais triste é ver que a chance dessa reunião de astros acontecer novamente é quase zero, portanto vamos ter que nos contentar com o sonho de um dia poder ver realmente esses caras chutando bundas por aí e matando mais gente do que a população da Bolívia e Venezuela juntas. Uma pena!

Nota: 6

Games - 1 mês de LIVE BR: Motivos pra comemorar ou lamentar?


Amanhã completamos 1 mês de LIVE Brasil. Para alguns, uma data para comemorar, para outros, uma data para se lamentar. Analisando friamente, digamos que estou no meio termo. Gostaria de somente comemorar esta data, afinal foram anos de espera e agora podemos contar com o serviço aqui no nosso país, mas infelizmente não tenho muitos motivos para isso devido ao conteúdo “pífio” (Pra não dizer ridículo) da LIVE Brasil. Um mês se passou e até agora só tivemos 1 Games on Demand lançado (Bioshock 2), totalizando 1 jogo nesta categoria (Halo Waypoint não é jogo, apesar de estar listado lá). Arcades, só tivemos 2 até agora (Snoopy e Trials HD), totalizando 3 com o Dead Space Ignition que veio junto ao lançamento.

Quanto aos DLCs, alguns são lançados juntamente com a LIVE US (Como os novos mapas de HALO Reach, por exemplo), mas outros nem sinal, inclusive o novo DLC do Trials HD (Isso mesmo, um dos jogos já lançados por aqui. É eu sei, não faz muito sentido e acho que nem Freud explica tal coisa).

Até o presente momento não temos qualquer notícia quanto a promoções, como por exemplo, a famosa “Deals of the Week”. Opa, permitam-me corrigir a minha última frase: Sim nós já temos promoções sendo lançadas por aqui, são as famosas promoções de assinatura GOLD, sendo a última delas por R$ 70 + 1 jogo Arcade (Que inclusive nem foi lançado ainda). Mas aí eu pergunto: Quem em sã consciência migraria para a LIVE Brasil hoje, sabendo do conteúdo pífio que temos atualmente? Isso soa mais um ato de desespero da empresa para aumentar o número de jogadores. Aliás, alguém faça a gentileza de avisar os “amadores” da Microsoft Brasil de que não adianta nada oferecer promoções de adesão sem antes oferecer algo em troca. É como fazer uma promoção de anuidade em uma academia de musculação, sem disponibilizar os aparelhos para os clientes malharem. AH mas alguém vai dizer que neste primeiro momento eles só estão oferecendo a experiência de jogar ONLINE. OK, maravilha, mas se for pra assinar um serviço desses só para jogar ONLINE, prefiro pagar R$ 10 mais caro e continuar onde sempre estivemos (LIVE US). Pode até parecer egoísta da minha parte em dizer isso, mas como consumidor, sempre procurei a empresa que me oferecesse o melhor serviço, seja ela nacional ou estrangeira, portanto não será com a Xbox LIVE que pensarei diferente.

Apesar de não continuar freqüentando tanto o Portal Xbox como fazia antigamente, nas poucas vezes em que acesso o fórum, é nítido a insatisfação da grande maioria de usuários que migraram. Continuamos amargando o posto de pior LIVE do mundo em termos de conteúdo, e por enquanto, não temos qualquer feedback mais concreto vindo da Microsoft Brasil. O que ouvimos até agora foi: “Estamos trabalhando para melhorar o conteúdo da LIVE Brasil, só que infelizmente dependemos do órgão governamental responsável em classificar os jogos e das publishers em querer publicar seus jogos por aqui”. OK, sabemos que o nosso país é extremamente burocrático, mas por que diabos eles não pensaram nisso antes e se programaram para fornecer um conteúdo melhor no lançamento? Garanto que tempo de sobra eles tiveram, afinal já são 4 anos de Xbox no Brasil. Além disso, duvido muito que as publishers não tenham interesse em publicar seus jogos por aqui. O meu amigo @AyPyCy lançou uma campanha muito bacana no Portal Xbox, incentivando a comunidade a entrar em contato com as publishers para que elas lançassem seus jogos por aqui. Uma iniciativa louvável, mas que na minha opinião, não precisaria da intervenção da comunidade para fazer com as empresas olhassem para o nosso país, isso deveria ser trabalho da própria Microsoft Brasil.

Gostaria de deixar claro que não sou cético ao ponto de achar que a LIVE Brasil não irá melhorar, tenho certeza que vai, ou de achar que chegaremos a ter uma LIVE tão boa quanto uma Americana, é uma realidade diferente. Mas sinceramente, eu esperava pelo menos uma LIVE compatível com a dos outros países, o que infelizmente estamos longe de ter.

Como o meu amigo @thiagotd disse uma vez no Twitter, se a Microsoft Brasil não se mexer, da mesma forma que houve uma adesão em massa à LIVE Brasil no lançamento, daqui a 11 meses (Data em que expira a adesão) teremos o inverso, uma fuga em massa para a LIVE US. Portanto Microsoft Brasil, é bom vocês acordarem! Vamos tirar essa “bunda da cadeira” e começar a trabalhar! Já que vocês não se programaram e estão tendo dificuldades em publicar os jogos por aqui, tenham pelo menos uma postura mais clara junto aos seus consumidores (Jogadores).

Por enquanto, estou contando os dias para voltar à LIVE US (Aliás, faltam 11 meses e 1 dia para isso). Será que um dia mudarei de idéia? Só o tempo dirá! Por enquanto, continuamos na torcida e fazendo o nosso papel que é cobrar a empresa para melhorar o serviço.

E você caro amigo leitor, qual a sua impressão da LIVE Brasil até aqui?

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Filme - Crítica: Megamente [Cinema]


Sinopse: Tudo o que vilão Megamente (Will Ferrell) mais queria era eliminar seu adversário Metro Man (Brad Pitt/Thiago Lacerda) e assim dominar a cidade de Metro City. Só que para isso era necessário um plano ainda mais diabólico do que todos já tentados anteriormente. Um dia, com a ajuda de Criado () e após sequestrar Rosane Rocha (Tina Fey), a repórter por quem ele arrasta uma asinha, o malvado consegue o inimaginável, para ele e para todos: dar um sumiço no herói. A única coisa que ele não contava era que sua vida se tornaria tão chata a ponto de ele inventar um herói para combater. Contudo, as coisas saem do controle e agora ele precisa decidir entre o bem e o mal. De que lado ele vai ficar? (RC)

Crítica: Bom, depois de um tempo parado, estou de volta ao BLOG com esta crítica da mais nova animação da DreamWorks, Megamente.

Sexta-feira passada o filme estreou nos cinemas de todo o país. A princípio não tinha a intenção de vê-lo logo na estréia, mas meu filho de 5 anos acabou me “intimando” e não tive como escapar. (Rss)

O filme é uma homenagem aos embates entre vilões e super-heróis, fazendo uma referência clara ao Superman, considerado por muitos o maior super-herói de todos os tempos (Eu discordo, diga-se de passagem). Logo no início já vemos duas cápsulas espaciais lançadas a caminho da terra. Na primeira temos Metro Man e na outra o personagem principal da trama, Megamente. Por uma questão de destino, Metro Man acaba caindo em um rancho (Alguém falou em Superman?) e lá é criado por uma família pacata que dá ao garoto toda educação necessária, porém Megamente não tem a mesma sorte, o infeliz acaba caindo dentro de uma prisão e lá acaba sendo adotado pelos bandidos, aprendendo literalmente com os maiores especialistas no que se diz respeito a maldades.

Conforme os dois vão crescendo, a rivalidade entre eles vai aumentando. De um lado o amado e idolatrado Metro Man, que com sua força e beleza, acaba conquistando todos ao seu redor. Do outro lado Megamente, com sua aparência estranha e inaptidão para impressionar os colegas, acaba sendo ridicularizado e excluído pelos seus colegas de escola o tempo todo (Inclusive pelo próprio Metro Man).

Aqui já temos uma mensagem peculiar do filme, que mesmo sendo uma animação voltada para o público infantil, não deixa de colocar em pauta assuntos interessantes para prender a atenção dos adultos. Megamente não nasceu ruim, pelo contrário, quando criança, sempre tentou impressionar/ajudar seus amigos demonstrando claramente ser uma criança carente pela falta de carinho recebida na sua “casa” (Prisão). Por ser “diferente” das demais crianças, acabou sendo excluído e, toda aquela esperança de se socializar com os habitantes do seu novo lar (Terra), acabou indo por “água a baixo”. Ninguém nasce sendo uma pessoa ruim, o que vai moldar o caráter e a personalidade de uma pessoa será a sua criação.

De tanto ser ridicularizado por seus colegas de escola, Megamente acaba sucumbindo à maldade e resolve se tornar o vilão número 1 de Metro City. A partir daí vemos uma série de embates entre ele e Metro Man. Como toda história de super-herói, o vilão sempre leva a pior, certo? Não neste filme. Certo dia Megamente consegue finalmente acabar com Metro Man e livre do único herói da cidade, ele tem a chance de aplicar todos os seus planos maléficos e aterrorizar todos os habitantes de Metro City.

No início Megamente se sente realizado, afinal ele finalmente conseguiu ser o destaque, mesmo que negativo. Porém com o tempo, o vilão acaba caindo na rotina e se toca que todo vilão precisa de um super-herói para dar mais emoção aos seus planos maléficos. É aí que Megamente tem a “brilhante” (Ou não) idéia de criar um super-herói para dar um novo sentido a sua vida.

A partir daqui não vou detalhar a história para não estragar algumas surpresas, pois há algumas reviravoltas e situações interessantes na trama. O que eu gostaria de destacar nessa crítica é a qualidade da animação em termos de roteiro, sempre ensinando grandes valores à molecada, mas nunca deixando de ser engraçada. É aquele tipo de animação que rimos a todo instante durante a sua projeção, mas que após o seu término, somos levados a pensar em coisas importantes tratadas pelo filme, e que no fundo, passam uma verdadeira lição de moral para todos que a assistem.

Fora que a DreamWorks acertou em cheio na trilha sonora, adicionando músicas de alguns “monstros do Rock” como AC/DC, Ozzy e Guns n’ Roses. Além disso, há referências aos filmes de super-heróis dos anos 80 e inclusive uma peculiar homenagem ao Sr. Miag (Karatê Kid).

Megamente pode não ser a melhor animação de 2010 (Por enquanto o posto fica com Toy Story 3, na minha opinião), mas certamente está entre as melhores não só de 2010, como dos últimos tempos. É um filme divertido, carismático e que mesmo sendo divertida ao extremo, consegue nos fazer pensar em assuntos importantes no que diz respeito a socialização. Recomendo!

Nota: 9