quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Games - Análise: Need for Speed: Hot Pursuit [Demo]


Need for Speed pode não ser a melhor franquia de jogos de corrida da atualidade, mas certamente é uma das mais queridas (Se não for a "mais querida"). Lembro quando joguei o primeiro Need for Speed no computador, foi amor a primeira vista. De lá pra cá a série lançou verdadeiros clássicos, como por exemplo Hot Pursuit 1 e 2 e os divertidos Underground 1 e 2 (Sim, eu gostava bastante desta "fase" de NFS, ao contrário de alguns). Porém após Underground, a série entrou numa crise horrível e foi um jogo ruim atrás do outro sendo lançado. A reviravolta começou no ano passado quando lançaram Need for Speed Shift. Apesar de não ser um NFS de verdade, afinal a série sempre foi conhecida pela sua jogabilidade arcade, Shift foi uma bela surpresa.

Eis que agora a série volta às raízes com Need for Speed: Hot Pursuit desenvolvido pela Criterion (Produtora conhecida pela série Burnout). Ontem tive a oportunidade de jogar a versão de demonstração disponibilizada na LIVE e me diverti tanto que resolvi criar este post para falar um pouco das minhas impressões do jogo.

A primeira coisa que me chamou a atenção foi a interatividade do jogo com a sua lista de amigos. Logo nos menus você já tem avisos mostrando os tempos dos seus amigos e até frases com desafios do tipo: "Fulano acabou de bater seu tempo na pista tal. Dê o troco agora mesmo" (Algo assim). Tem até um mural onde seus amigos podem escrever alguma coisa, fazendo com que a interação e a rivalidade estejam em alta o tempo todo. Não sei se no jogo FULL teremos isso, torço que sim, mas gostei bastante desta novidade.

Na versão DEMO temos apenas dois modos disponíveis. Um modo onde disputamos uma corrida simples em uma estrada repleta de atalhos e um modo onde assumimos o papel de um policial com o objetivo de acabar com o racha dos corredores. Entre os dois modos, o segundo é disparado o mais divertido. Você como policial terá alguns "truques na manga" para acabar com a festa dos corredores, como por exemplo: bloqueios na estrada, bloqueadores elétricos, etc. Na DEMO não temos todas estas "armas", mas já deu para notar que a "bagunça" com os amigos na LIVE estará garantida. Tenho certeza que será o modo mais jogado por mim e minha lista de amigos.

Tecnicamente o jogo não é perfeito, mas cumpre bem o seu papel. Os gráficos estão bons, mas longe de ser um Forza 3, por exemplo. Nota-se alguns detalhes bacanas nas paisagens e nos detalhes dos carros, mas não é aquele foto-realismo que encontramos em alguns jogos de corrida. Sobre o som não dá pra falar muito, só há duas músicas que tocam durante a corrida e gostei bastante de ambas. Os efeitos sonoros estão bacanas e jogado num bom Home Theater, certamente a imersão será ainda maior. Agora o ponto mais polêmico é a Jogabilidade. Alguns detestaram, outros gostaram. Lembro que o foco neste jogo é a jogabilidade Arcade, ou seja, longe de ser um simulador de corridas. Não sou nenhum especialista do gênero, mas achei razoável a jogabilidade. O carro sai de traseira quando você faz as curvas e é relativamente duro para virar. Confesso que no início "torci o nariz", mas depois de jogar algumas vezes, me acostumei e passei a me divertir bastante com o jogo.

Ainda não decidi se farei a pré-compra de Need for Speed: Hot Pursuit, provavelmente não farei. Vou esperar o jogo ser lançado para ler algumas análises de sites e amigos que comprarão o jogo antes de mim. Mas uma coisa é certa, cedo ou tarde, Need for Speed: Hot Pursuit entrará na minha humilde coleção de jogos. Certamente este jogo será um dos mais divertidos do gênero!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Diversidades - Acorda Brasil!

Gostaria de compartilhar com todos vocês um artigo que recebi via e-mail escrito pelo Arnaldo Jabor. Ele retrata muito bem a realidade deste país. Leia e reflita caso julgue necessário.

- Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.

Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;

Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;

Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade...

Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária. É coisa de gente otária.

- Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.

Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.

Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo , ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.. Brasileiro tem um sério problema.

Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

- Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.

Brasileiro é vagabundo por excelência.

O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo..

O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.

Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.

- Brasileiro é um povo honesto. Mentira..

Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.

Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso..

Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.

O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.

- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira.

Já foi.

Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da Guerra do Paraguai ali se instalaram. Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime. Hoje a realidade é diferente.

Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.

Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.

Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

- O Brasil é um pais democrático. Mentira.

Num país democrático a vontade da maioria é Lei.

A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.

Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.

Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.

Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores)..

Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.

Democracia isso? Pense !

O famoso jeitinho brasileiro.

Na minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.

Brasileiro se acha malandro, muito esperto.

Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.

No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?

Afinal somos penta campeões do mundo né?? ?

Grande coisa...

O Brasil é o país do futuro. Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.

Dessa vergonha eles se safaram...

Brasil, o país do futuro !?

Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

Deus é brasileiro.

Puxa, essa eu não vou nem comentar...

O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.

Para finalizar tiro minha conclusão:

O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente.

Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta.

Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.

Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!

Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Games - Análise: FIFA 11


Não vou ficar enrolando contando toda a história da franquia antes de iniciar a análise (Odeio isso), portanto vamos direto ao que interessa.

Gráficos: Nesta versão do simulador de futebol, os gráficos estão melhores que os jogos anteriores, porém ainda muito aquém do ideal, principalmente na fisionomia dos jogadores.

Som: Nesta versão há uma novidade fantástica que permite a customização do grito das torcidas pelo próprio jogador, ou seja, é só você gravar o grito das torcidas num CD e passar para o jogo, deixando assim as partidas mais próximas da realidade. Tirando esta agradável surpresa, o restante está tudo igual (Efeitos sonoros fiéis e bem retratados e trilha sonora espetacular).

Jogabilidade: Está mais cadenciada e deixou de ser aquela correria maluca que era na versão anterior. Os passes exigem um maior cuidado por parte do jogador. O contato físico dos jogadores também foi melhorado, porém uma coisa me incomodou bastante: O favorecimento excessivo aos atacantes nas divididas com os zagueiros. Por diversas vezes a bola rebatida ou disputada dentro da área sobrava livre para algum atacante marcar o gol, isso me deixava maluco, pois deixou de ser aquela coisa ocasional para ser algo mais freqüente.

Outro defeito que me incomodou bastante é a falta de resposta nos comandos. Não é sempre que isso acontece, mas de vez em quando perdi a bola para algum atacante adversário por causa disso (Muitas vezes resultando em gol a favor do adversário). Já na Inteligência Artificial, nota-se uma melhoria significativa também, principalmente nas dificuldades mais altas. Acredite: Você vai suar para bater um time considerado fraco no papel, isso porque o jogo está exigindo mais calma do jogador para montar as jogadas, fazendo com que você troque passes o tempo todo a fim de encontrar algum espaço na defesa adversária. Vale ressaltar também que jogar na chuva está mais próximo da realidade nesta versão. Nestas condições, o jogo se torna mais lento, fazendo com que a jogabilidade mude drasticamente, obrigando o jogador a adotar outra postura na hora de jogar.

A questão dos dribles continua a mesma coisa (Difícil de acostumar), porém agora é possível driblar utilizando somente o controle analógico esquerdo. E pra finalizar a análise da jogabilidade, vale destacar também a inclusão de um modo que ajusta a personalidade dos jogadores virtuais baseado nos jogadores reais.

Conquistas: Continua tão chato quanto às versões anteriores. Conquistas chatas como: Fazer gol com a bola batendo na trave; Fazer gol de cabeça com um especialista no fundamento; etc! Detesto as conquistas do FIFA. Não seria melhor se eles adicionassem conquistas que privilegiassem os jogadores que jogam os torneios OFFLINE, ou até mesmo aqueles jogadores que jogam bastante o modo ONLINE, como por exemplo: Vencer xx partidas ONLINE, etc? OK, há conquistas que privilegiam modos OFFLINE e ONLINE, mas são poucas e em modos específicos como o Be a Pro (Da qual eu não sou muito fã).

Multiplayer: FIFA é um dos meus jogos preferidos de se jogar ONLINE. Adoro ligar o meu Xbox 360 por 10 minutos, fazer uma partida rápida e desligar logo em seguida. Quando não se tem tempo, é a melhor coisa. Fora o vício de se jogar contra adversários diferentes toda hora, fazendo com que o jogo nunca enjoe, porém não sei porque, mas desaprendi a jogar FIFA nesta versão. Na versão 09 eu ganhava tudo quanto é partida, já nesta versão eu tenho perdido bastante (Apesar de ter um número de vitórias maior que as derrotas). Creio que preciso me acostumar com a jogabilidade nesta versão, mas acredito que não estou tendo sorte mesmo, pois direto acabo levando gols bobos devido a algumas “panes” na minha defesa. Fora que muitos jogadores na LIVE ficam ajustando seus times antes e durante as partidas, fazendo com que os jogadores que não gostam de ficar alterando esquema tático do time (Eu, por exemplo), tenham certas desvantagens em algumas situações. Mas tecnicamente o modo ONLINE de FIFA 11 está perfeito. Não joguei uma partida sequer que tenha tido LAG. O jogo roda liso que é uma beleza.

Conclusão: FIFA 11 continua mantendo a hegemonia da série, deixando seu principal concorrente comendo poeira (PES 11). O jogo melhorou em muitos aspectos, fazendo com que ele se torne obrigatório na biblioteca de qualquer jogador que ame o esporte.

Nota: 9

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Filme - Crítica: Tropa de Elite 2 [Cinema]


Sinopse: 2010. Nascimento (Wagner Moura) enfrenta um novo inimigo: as milícias. Ao bater de frente com o sistema que domina o Rio de Janeiro, ele descobre que o problema é muito maior do que imaginava. E não é só. Ele precisa equilibrar o desafio de pacificar uma cidade ocupada pelo crime com as constantes preocupações com o filho adolescente. Quando o universo pessoal e o profissional de Nascimento se encontram, o resultado é explosivo.

Crítica: O primeiro Tropa de Elite foi um filme inesquecível, daqueles que você assiste várias vezes e não cansa. Fadado ao fracasso por causa deste câncer chamado pirataria, o filme conseguiu dar a volta por cima e chegou às telas de cinema fazendo um grande sucesso, algo até então inimaginável, já que na época em que o filme foi lançado, de 10 pessoas, 9 já haviam assistido ao filme através de cópias piratas. Este feito mostrou a qualidade do filme, inclusive sendo reconhecido internacionalmente com o prêmio "Urso de Ouro" em Berlim, um dos mais importantes da Europa.

Por causa deste sucesso, era mais do que esperado uma seqüência. De todos os filmes que seriam lançados este ano, sem dúvidas, Tropa de Elite 2 era o que eu mais esperava. Antes de ver o filme, eu estava com um baita receio de me decepcionar, afinal alcançar a maestria do primeiro filme era um feito difícil de se alcançar. Este receio é similar à sequência do "Batman: O Cavaleiro das Trevas", que inclusive já está sendo filmada. Conseguir melhorar o que já era perfeito, é algo que poucos conseguem, e graças aos céus, José Padilha e Cia. conseguiram tal feito. Tropa de Elite 2 é tão bom, ou melhor que o primeiro filme.

Fica difícil fazer uma comparação entre os dois, já que ambos os filmes são excelentes. O que eu posso te dizer é que o filme vale a pena, assim como o primeiro, fica impossível você assistir uma vez só.

Todos os principais elementos do primeiro filme estão lá: A crítica ferrenha à segurança pública; A violência; Os bordões que viram mania nas rodinhas de amigos e claro, ele, o Capitão Nascimento, que mais uma vez rouba a cena e leva o filme nas costas. Wagner Moura, mais uma vez, faz um trabalho impecável.

No segundo filme acompanhamos o trabalho do Capitão Nascimento na Secretaria Pública de Segurança do Rio de Janeiro, combatendo as milícias e a corrupção no governo estadual/federal. O tráfico de drogas deixou de ser o maior problema da cidade, agora o "sistema" encontrou outras formas de sustento. O segundo filme é um pouco mais estratégico do que o anterior. O primeiro filme havia mais cenas de ação, não que o segundo não tenha, mas o foco maior é acompanhar o "sistema" sofrendo sua metamorfose, transformando em algo muito maior.

Tropa de Elite 2 é um verdadeiro "TAPA NA CARA" da sociedade. OK, nem todas as coisas retratadas na telona são verdadeiras, mas o filme consegue unir a ficção com a realidade de uma maneira irretocável, fazendo com que o público vá ao cinema e encontre no Capitão Nascimento a sua válvula de escape para criticar e protestar contra essa sociedade violenta e essa corrupção desgraçada que assola o nosso país.

Este é o maior trunfo do filme, mostrar a realidade em que vivemos e designar um herói que lute com todas as suas forças para ver este país melhorar. Não é a toa que neste segundo filme o diretor adicionou uma cena onde o capitão Nascimento, ao entrar em um restaurante, é aplaudido de pé pelo público ali presente. Aquela cena representa muito bem o que todos nós gostaríamos de fazer um dia, isso claro se existisse um Capitão Nascimento na vida real, porém amigos, infelizmente a realidade é outra.

Tropa de Elite 2 é um dos melhores filmes nacionais que eu já assisti. Se você ainda não viu, não perca a oportunidade de ir ao cinema e assisti-lo. Vale a pena!

Nota: 10

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Filme - Crítica: Um olhar do paraíso [Blu-Ray]


Sinopse: Em dezembro de 1973, Susie Salmon voltava da escola para casa quando foi assassinada. Ela tinha apenas 14 anos. Depois de morta, Susie continua a velar por sua família – enquanto seu assassino permanece solto. Presa em um extraordinário, ainda que misterioso, espaço entre a Terra e o Céu a menina descobre que precisa escolher entre a busca por vingança e o desejo de ver seus amados seguirem em frente. O que tem início como um chocante homicídio leva a uma jornada visualmente criativa e repleta de suspense que, através dos laços de memória, amor e esperança, segue em direção a um desfecho surpreendente e emotivo.
 
Crítica: “Um olhar do paraíso” me chamou a atenção desde que foi anunciado, afinal, o filme seria dirigido por nada mais, nada menos do que Peter “LOTR” Jackson. Mas não era só por causa do diretor, a história parecia ser fascinante, com um teor dramático digno de fazer qualquer “bruta-montes” se emocionar.

Mas você deve estar se perguntando: “Por que você demorou tanto pra assistir esse filme?”. Pois é caro amigo, por causa da maldita crítica especializada que avaliou mal este filme. Fiquei com receio de me decepcionar, já que eu esperava muito dele. Bom, é verdade que críticas como essa feita pelo Omelete não deveriam ser levadas a sério, afinal os caras estão mais preocupados com as cores na fotografia do que o filme propriamente dito. Fala sério! Tem críticos de cinema que se esquecem do principal, avaliar se o filme é bom ou ruim, e ficam mais preocupados em filosofar coisas fúteis como essa. PQP, isso é crítica de um filme ou artigo de cromoterapia?

“Um olhar do paraíso” é um filme tocante! A história é pesadíssima no que diz respeito à dramaticidade. O filme é narrado pela garota Susan, de apenas 14 anos. Na primeira parte do longa, conhecemos Susan e seus familiares de uma maneira íntima, mostrando suas rotinas, anseios, paixões, etc, fazendo com que rapidamente nos apeguemos aos personagens. Este é o maior trunfo do filme em minha opinião, pois quando a tragédia ocorre (A morte da garota), é como se tivéssemos perdido uma pessoa próxima, fazendo com que o impacto da história seja maior ainda. Muitas vezes parei o filme para respirar um pouco, pois ao me colocar no papel daquele pai, sabia que a dor que o personagem estava sentindo seria capaz de dilacerar meu coração num piscar de olhos. Quem é pai sabe o quanto deve ser dolorido a perda de um filho, e tal fardo é algo que ninguém gostaria de carregar, por isso que estes momentos de parada foram necessários, pois carregar aquele fardo, mesmo não sendo o meu, estava sendo difícil demais pra mim.

Como se não bastasse a dor de acompanhar a reação dos familiares após a tragédia, o filme acompanha a vida do assassino após a morte da garota, trazendo um sentimento de dor e revolta ao mesmo tempo. Apesar do clima pesado o tempo todo, “Um olhar do paraíso” é um filme sensível e extremamente bem realizado. Uma obra digna de Peter Jackson na qual indico a todos, mesmo indo contra a alguns “críticos profissionais”, ou melhor, “analistas de cromoterapia”.

Versão em Blu-Ray: Infelizmente a versão em Blu-Ray deste filme é extremamente pobre, ao ponto de nem ter material extra. O que vale a pena é o filme em si, pois como eu disse na crítica, “Um olhar do paraíso” possui uma belíssima fotografia com ótimos efeitos especiais. O som não se destaca tanto, afinal não estamos assistindo um filme de ação, mas acaba cumprindo o seu papel. O formato de áudio em inglês é DTS-HD. Vale um aluguel, agora a compra, não recomendo, a não ser que você goste muito do filme e queira tê-lo na sua coleção!

Nota: 9