quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Filme - Crítica: A Estrada [DVD]


Sinopse: Um evento cataclísmico atingiu a Terra, devastando-a por completo. Milhões de pessoas foram erradicadas por incêndios, inundações, a energia elétrica se acabou e outras morreram de fome e desespero. Um pai e seu filho resolvem partir em uma longa viagem pela América destruída, em direção ao oceano, em uma épica jornada de sobrevivência nesse mundo pós-apocalíptico. Os dois devem permanecer unidos, contando com uma imensa força de vontade que mantém suas esperanças vivas, não importa a qual custo, para enfrentar todos os obstáculos, desde as condições adversas de temperatura até uma gangue de caçadores canibais.

Crítica: Fazer a crítica de um filme pode ser bem complicado às vezes. Geralmente você dá a sua opinião levando em consideração aspectos técnicos e principalmente a diversão que o filme traz ao espectador. Pensando por este lado parece fácil, não é mesmo? O problema é quando o filme mexe com seus sentimentos e faz com que você termine de vê-lo chorando igual uma criancinha. Quando você chega nesse ponto, seu senso crítico já “foi para o espaço”, pois é impossível ser imparcial nestes casos.

Portanto amigos, aqui vai um alerta: Esta crítica que estarei escrevendo agora é totalmente parcial, pois “A Estrada” conseguiu tal feito mencionado no parágrafo acima.

No filme acompanhamos a jornada de um pai (Mortensen) e filho (Smit-McPhee) buscando a sobrevivência em um mundo pós-apocalíptico sem vida animal/vegetal e totalmente hostil, principalmente por causa do canibalismo que se tornou freqüente entre os sobreviventes. Além disso, acompanhamos a esposa (Theron) do homem em Flashbacks, que simplesmente não consegue viver na situação catastrófica em que a humanidade passou a viver, principalmente após dar a luz ao menino (seu único filho).

A Estrada não busca soluções fáceis para o roteiro e nem se destaca por cenas de ação. O maior mérito do filme é explorar o lado psicológico de toda a rotina de sobrevivência dos personagens principais. Tanto pai e filho sofrem com a fome, falta de higiene e principalmente a falta de esperança. Mesmo tomados pela desgraça, eles ainda continuam lutando por sua sobrevivência, levando seus princípios morais acima da sobrevivência ao resistirem ao canibalismo e ao crime.

Vivendo constantemente em perigo, pai e filho carregam um revólver com duas balas, uma para cada um. Mesmo amando seu filho mais do que qualquer coisa, o pai vive assombrado pelo momento em que terá que tirar a vida do seu próprio filho para evitar que ele caia nas mãos dos canibais e sofra ainda mais. Aliás, é este amor pelo filho que motiva o pai a seguir adiante, não perdendo a esperança de encontrar um local seguro para sobreviverem.

A Estrada te coloca em xeque o tempo todo, fazendo com que você se questione e se coloque no papel dos personagens durante as 2 horas de filme. Se você é pai então, prepare-se para se identificar ainda mais com a história daquele homem. Por muitas vezes me peguei pensando no meu filho e tentando imaginar o sofrimento do personagem ao ter que ver o seu filho naquela situação, tendo que muitas vezes deixar de comer para poder dar algo ao menino. É um filme pesado emocionalmente, saiba disso, tanto é que no final do filme, quando “a ficha caiu”, chorei compulsivamente durante alguns minutos e abracei ao meu filho como nunca fiz antes. Como eu disse, A Estrada está acima do meu senso crítico e tenho certeza que este filme ficará gravado para sempre na minha memória, portanto vou me abster de dar uma nota à ele, pois qualquer valor que eu colocasse ali, seria injusto de alguma maneira.

Nota: Sem nota

Um comentário:

Thiago Simões disse...

O filme é muito interessante. eu gostei muito. Destaque para o que foi dito por vc. Ótimo file para os pais e tbm para os filhos