quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Filme - Crítica: Megamente [Cinema]


Sinopse: Tudo o que vilão Megamente (Will Ferrell) mais queria era eliminar seu adversário Metro Man (Brad Pitt/Thiago Lacerda) e assim dominar a cidade de Metro City. Só que para isso era necessário um plano ainda mais diabólico do que todos já tentados anteriormente. Um dia, com a ajuda de Criado () e após sequestrar Rosane Rocha (Tina Fey), a repórter por quem ele arrasta uma asinha, o malvado consegue o inimaginável, para ele e para todos: dar um sumiço no herói. A única coisa que ele não contava era que sua vida se tornaria tão chata a ponto de ele inventar um herói para combater. Contudo, as coisas saem do controle e agora ele precisa decidir entre o bem e o mal. De que lado ele vai ficar? (RC)

Crítica: Bom, depois de um tempo parado, estou de volta ao BLOG com esta crítica da mais nova animação da DreamWorks, Megamente.

Sexta-feira passada o filme estreou nos cinemas de todo o país. A princípio não tinha a intenção de vê-lo logo na estréia, mas meu filho de 5 anos acabou me “intimando” e não tive como escapar. (Rss)

O filme é uma homenagem aos embates entre vilões e super-heróis, fazendo uma referência clara ao Superman, considerado por muitos o maior super-herói de todos os tempos (Eu discordo, diga-se de passagem). Logo no início já vemos duas cápsulas espaciais lançadas a caminho da terra. Na primeira temos Metro Man e na outra o personagem principal da trama, Megamente. Por uma questão de destino, Metro Man acaba caindo em um rancho (Alguém falou em Superman?) e lá é criado por uma família pacata que dá ao garoto toda educação necessária, porém Megamente não tem a mesma sorte, o infeliz acaba caindo dentro de uma prisão e lá acaba sendo adotado pelos bandidos, aprendendo literalmente com os maiores especialistas no que se diz respeito a maldades.

Conforme os dois vão crescendo, a rivalidade entre eles vai aumentando. De um lado o amado e idolatrado Metro Man, que com sua força e beleza, acaba conquistando todos ao seu redor. Do outro lado Megamente, com sua aparência estranha e inaptidão para impressionar os colegas, acaba sendo ridicularizado e excluído pelos seus colegas de escola o tempo todo (Inclusive pelo próprio Metro Man).

Aqui já temos uma mensagem peculiar do filme, que mesmo sendo uma animação voltada para o público infantil, não deixa de colocar em pauta assuntos interessantes para prender a atenção dos adultos. Megamente não nasceu ruim, pelo contrário, quando criança, sempre tentou impressionar/ajudar seus amigos demonstrando claramente ser uma criança carente pela falta de carinho recebida na sua “casa” (Prisão). Por ser “diferente” das demais crianças, acabou sendo excluído e, toda aquela esperança de se socializar com os habitantes do seu novo lar (Terra), acabou indo por “água a baixo”. Ninguém nasce sendo uma pessoa ruim, o que vai moldar o caráter e a personalidade de uma pessoa será a sua criação.

De tanto ser ridicularizado por seus colegas de escola, Megamente acaba sucumbindo à maldade e resolve se tornar o vilão número 1 de Metro City. A partir daí vemos uma série de embates entre ele e Metro Man. Como toda história de super-herói, o vilão sempre leva a pior, certo? Não neste filme. Certo dia Megamente consegue finalmente acabar com Metro Man e livre do único herói da cidade, ele tem a chance de aplicar todos os seus planos maléficos e aterrorizar todos os habitantes de Metro City.

No início Megamente se sente realizado, afinal ele finalmente conseguiu ser o destaque, mesmo que negativo. Porém com o tempo, o vilão acaba caindo na rotina e se toca que todo vilão precisa de um super-herói para dar mais emoção aos seus planos maléficos. É aí que Megamente tem a “brilhante” (Ou não) idéia de criar um super-herói para dar um novo sentido a sua vida.

A partir daqui não vou detalhar a história para não estragar algumas surpresas, pois há algumas reviravoltas e situações interessantes na trama. O que eu gostaria de destacar nessa crítica é a qualidade da animação em termos de roteiro, sempre ensinando grandes valores à molecada, mas nunca deixando de ser engraçada. É aquele tipo de animação que rimos a todo instante durante a sua projeção, mas que após o seu término, somos levados a pensar em coisas importantes tratadas pelo filme, e que no fundo, passam uma verdadeira lição de moral para todos que a assistem.

Fora que a DreamWorks acertou em cheio na trilha sonora, adicionando músicas de alguns “monstros do Rock” como AC/DC, Ozzy e Guns n’ Roses. Além disso, há referências aos filmes de super-heróis dos anos 80 e inclusive uma peculiar homenagem ao Sr. Miag (Karatê Kid).

Megamente pode não ser a melhor animação de 2010 (Por enquanto o posto fica com Toy Story 3, na minha opinião), mas certamente está entre as melhores não só de 2010, como dos últimos tempos. É um filme divertido, carismático e que mesmo sendo divertida ao extremo, consegue nos fazer pensar em assuntos importantes no que diz respeito a socialização. Recomendo!

Nota: 9

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