Ultimamente tenho utilizado o transporte público para vir trabalhar. Como moro próximo do ponto de ônibus e desço em frente a empresa, tenho procurado deixar o carro para a minha esposa utilizá-lo no dia-a-dia.
Bom, apesar de parecer ruim o fato de ter que pegar um ônibus coletivo aqui em São Paulo, acabo me deparando freqüentemente com algumas situações no mínimo engraçadas e curiosas.
Ontem mesmo presenciei uma situação dessas.
Era 06:30 AM e lá estava eu em pé no ônibus me deslocando para o meu trabalho. O ônibus não estava lotado, e notei que o motorista estava abusando um pouco da velocidade.
Como eu estava em pé, me senti o verdadeiro “Kelly Slater” dentro do busão, tentando me equilibrar, enquanto o motorista “pisava fundo” e aumentava cada vez mais a velocidade.
Até aí notei que algumas pessoas não estavam gostando, mas tinha um tiozinho lá atrás que estava nitidamente incomodado. Isso porque ele estava sentado no último banco, de frente para o corredor do ônibus e não tinha muito onde segurar. A cada novo buraco que o ônibus passava, o tiozinho que aparentemente era Nordestino, soltava frases do tipo:
- Eita motorista filho dum jegue. Vou acabar me estatelando no chão daqui a pouco. Ô diacho!
Não demorou muito para acontecer o que já estava previsto. (Rss)
O motorista do ônibus não viu uma lombada e passou com tudo em alta velocidade sem ao menos frear! Quando eu senti o impacto, só deu tempo de me segurar para não cair. Neste exato momento escuto um barulho lá atrás:
O barulho veio seguido de um sonoro grito:
- Ochi seu filho duma quenga, ta pensando que tá carregando boi seu filho dum corno?
Quando eu olho para trás, vejo o tiozinho todo torto esparramado no chão puto da vida com o motorista.
Na hora o pessoal do ônibus ficou com dó do tiozinho e procurou ajudá-lo, mas depois alguns não agüentaram e começaram a rir por causa da situação. Não pelo acidente em si, mas pela frase que o tiozinho soltou na hora do desespero! O pessoal não agüentou e no final até a “vitima” começou a rir!
É cada situação que você encontra, que mesmo tendo um certo teor dramático, no final você acaba dando risada!
É a realidade do trabalhador paulistano! Sofre com a precariedade do serviço público da cidade, mas ainda assim consegue manter o bom humor mesmo neste tipo de situação no mínimo “curiosa”.
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