Sinopse: Frank Goode (Robert De Niro) sempre trabalhou em uma fábrica de cabos telefônicos, dedicando sua vida a sustentar a família. Aposentado recentemente, ele enfim percebeu que ao longo da vida dedicou pouco tempo aos quatro filhos: David (Austin Lysy), Robert (Sam Rockwell), Rosie (Drew Barrymore) e Amy (Kate Beckinsale), que hoje vivem em cidades diferentes. Decidido a recuperar o tempo perdido, Frank resolve fazer um churrasco para toda a família. Só que os afazeres da vida moderna fazem com que os filhos, um a um, não possam comparecer. Frank decide então arrumar as malas e partir em viagem, para reencontrá-los.
Crítica: Todo mundo sabe que Robert De Niro é um ator extraordinário. Já viveu papéis inesquecíveis no cinema e na minha opinião, ele é uma lenda viva da sétima arte. Infelizmente o ator optou por péssimos papéis nos últimos filmes de sua carreira, onde nitidamente ele estava mais preocupado com sua conta bancária do que sua reputação. Graças aos céus, o ator voltou a fazer o que ele sabe fazer neste novo filme chamado “Estão todos bem”, interpretar personagens marcantes.
“Estão todos bem” chegou a estrear nos cinemas brasileiros em Março deste ano, mas passou despercebido do grande público (Inclusive por mim), o que é uma pena, pois este filme é disparado um dos melhores da carreira do ator nos últimos tempos.
Nele, De Niro interpreta o viúvo Frank Goode que está se recuperando da morte de sua esposa. Sozinho, afinal seus 4 filhos já são adultos e independentes, ele vive com a esperança de manter um diálogo mais aberto e íntimo com seus filhos, papel adotado pela mãe até então. Na esperança de “dar o pontapé inicial” para esta mudança na relação, ele planeja um final de semana com seus filhos, mas infelizmente nenhum deles comparece. Frustrado, Frank resolve fazer uma viagem surpresa e visitar cada um dos seus filhos.
A partir daí acompanhamos a jornada de um pai orgulhoso por ter dado uma boa educação aos seus filhos, mas triste por se sentir distante deles atualmente. É uma história tocante, tanto para os pais quanto para os filhos. Me identifiquei muito com o filme pois meu pai mora em outra cidade há alguns anos, e infelizmente passo pouco tempo com ele. Muitas vezes por causa da correria do dia-a-dia, acabo esquecendo de fazer uma ligação ou pelo menos passar um e-mail para o “velho” com o intuito de saber como ele está. Sei que para ele é mais difícil ainda esta falta de comunicação, pois hoje consigo entender o tamanho do amor de um pai para com o filho, afinal sou pai também há 5 anos. É aquele velho dilema em que nos colocamos à prova diariamente: “O que você está priorizando na sua vida? Seu trabalho e interesses próprios, ou sua família e amigos? O que é mais importante na sua vida?”.
Ao mesmo tempo em que acompanhamos este esforço para se manterem unidos, o filme mostra de uma maneira extremamente sensível o esforço dos filhos para agradar o pai. Mesmo não sendo o que o pai deles sempre sonhou que eles fossem, é tocante ver a necessidade de causar uma boa impressão ao pai a todo instante. Soma-se a isso uma tragédia familiar e temos aí um filme maravilhoso, que deveria ter uma repercussão muito maior do que teve no seu lançamento.
Após assisti-lo, me senti na obrigação de fazer esta crítica no BLOG, pois sei que muitos aqui poderão deixar esse filme passar em branco. Portanto caro amigo leitor, aí vai um conselho valioso: Dê um jeito de assistir “Estão todos bem”. É um filme fantástico e tenho certeza que você irá se emocionar, assim como eu me emocionei com esta história magnífica entre o relacionamento de pais e filhos. Recomendadíssimo!
Nota: 10
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