quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Filmes - Crítica: Príncipe da Pérsia: As areias do tempo [Blu-Ray]


Sinopse: Um príncipe guerreiro e uma misteriosa princesa lutam contra forças obscuras para proteger uma antiga adaga capaz de libertar as Areias do Tempo - um dom dos deuses que dá à pessoa que o possui o poder de controlar o mundo.

Crítica: Prince of Persia é uma série clássica dos games e que leva consigo uma legião de fãs. Quando fiquei sabendo que o filme seria adaptado, mesmo não sendo fanático pela série, fiquei com um certo receio, afinal, filmes adaptados de games geralmente são uma “bomba”. Porém, ao saber que este filme teria o selo “Walt Disney” de qualidade e que o diretor não seria qualquer “Zé Mané” (Mike Newell), fiquei até empolgado em saber qual seria o resultado nas telonas.

Infelizmente não consegui assisti-lo no cinema, o jeito foi esperar chegar na locadora. Já fui logo pegando o filme em Blu-Ray, afinal, filme de ação PEDE para ser “apreciado” neste formato. (Rss).

Logo no início do filme, já tive uma agradável surpresa ao ver que todos os elementos da jogabilidade do game estavam no filme. As acrobacias do príncipe, as fugas, o jeito de lutar, etc, tudo bem fiel ao material original. A história já é um certo mistério pra mim, afinal o filme é baseado no primeiro jogo do príncipe no PS2 (Sands of Time), e como faz tempo que joguei o game, não me recordo muito da história. De qualquer maneira, isso é uma coisa que eu não me importo muito em filmes adaptados de games, afinal é extremamente compreensível que muitas vezes haja a necessidade de adaptações no roteiro para funcionar na telona. Porém como eu disse, isso já é uma coisa que eu não posso afirmar em Príncipe da Pérsia, afinal eu não me lembro da história do jogo, OK?

De qualquer maneira, se você é fã da franquia, certamente ficará muito satisfeito com o filme, pois ele é recheado de efeitos especiais, boa direção de arte, fotografia primorosa e o principal, carrega os elementos do jogo, fazendo com que o filme alcance não só o público casual, mas os jogadores que curtem os jogos do Príncipe.

A única coisa que me incomodou um pouco foi a falta de carisma do Jake Gyllenhaal interpretando o príncipe. OK, ele é um ótimo ator e já provou isso ao longo de sua carreira, porém para o papel do príncipe, havia a necessidade de ser um cara mais durão, não aquele bobo alegre que faz cara de assustado até nos momentos de tensão. A percepção que eu tive é que eles estavam adaptando a história de Sands of Time, porém utilizando a personalidade do Príncipe do penúltimo jogo da franquia (Prince of Persia), ou seja, a história destoou um pouco da personalidade do Príncipe.

Além disso, o roteiro se perdeu um pouco no final, principalmente na questão de manipulação do tempo, afinal muitas vezes o personagem poderia ter evitado uma desgraça maior, porém não o faz, fazendo com que o público fique com um baita ponto de interrogação na cabeça, do tipo: “Ué, por que ele não fez isso e acabou logo com tudo?”.

Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo é uma das melhores adaptações feitas de um game para as telonas (Se não a melhor), porém peca em alguns pontos que o impedem de ser melhor do que é. O orçamento foi alto, houve um investimento grande no filme, porém faltou algo a mais. Uma pena, pois potencial a franquia tem, e de sobra, resta saber qual será o futuro nas telonas a partir daqui.

Comentários sobre o Blu-Ray: Eu esperava muito deste Blu-Ray, afinal, Blu-Ray da Disney costuma ser excelente, porém me decepcionei com o que vi. A imagem está boa, porém nota-se uma granulação enorme em algumas cenas. Os extras são poucos e extremamente sem graça. A única coisa bacana é o SOM, que está a altura do filme, porém não é aquela “maravilha”. Uma pena! Tomara que este Blu-Ray tenha sido um caso esporádico da Disney e que a qualidade do mesmo não vire “padrão” para os filmes vindouros.

Nota: 8

Um comentário:

Gabriel Doom disse...

Discordo que que o filme tenha falhado no enredo. Certo teve muita embromação, o final clássico com a ajuda dos amigos tá até meio clichê já, e o fim com o cara voltando no tempo sempre é um saco! Entretanto, apesar de não ser tão fiel ao jogador original, acho que a obra tenha acertado no quesito ação, sendo ( claro, tudo depende da interpretação e do jogo de palavras ) que Jake pode sim, ter sido uma escolha forte, impedindo que o príncipe virasse um Vin Diesel da vida.