Hoje lí uma reportagem bem interessante no site da Veja. Abaixo o trecho inicial da reportagem:
Classe C e cinema: afastados pelo ingresso
Por Maria Carolina Maia
Recentemente, o cineasta Fernando Meirelles contou que, quando pensa em fazer um trabalho para o público brasileiro, prefere a TV. "Nem todo mundo pode ir ao cinema, mas quase todo mundo tem televisão em casa", explicou. A declaração reflete um dos maiores obstáculos do cinema nacional, na visão dos profissionais de mercado: o valor do ingresso dificulta o acesso do público às salas - especialmente da classe C. "E esse é um público potencial do cinema nacional", afirma Manoel Rangel, diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine).
Em São Paulo, por exemplo, paga-se em torno de 20 reais para ver um filme na tela grande. Quando se considera o custo do pacote transporte-entrada-pipoca, a barreira cresce.
Em São Paulo, por exemplo, paga-se em torno de 20 reais para ver um filme na tela grande. Quando se considera o custo do pacote transporte-entrada-pipoca, a barreira cresce.
Para ler a reportagem completa, clique aqui.
Apesar de não me encaixar nesta Classe C que a reportagem foca, confesso que faz um bom tempo que não vou ao cinema. Creio que a maior razão seja realmente os preços absurdos cobrados por um ingresso aqui em São Paulo. Como a reportagem mesmo diz, hoje em dia você gasta em média 20 reais por ingresso, some o valor da pipoca + refrigerante (15 reais) e o estacionamento (5 reais) e você gastará no mínimo 60 reais para curtir um cineminha com a sua namorada/noiva ou esposa.
Se já é caro para mim que trabalho e tenho uma boa condição financeira para sustentar a minha família, imagine quem vive com 1 ou 2 salários mínimos?
Creio que a maioria (Eu sou um deles) prefere pagar 5 reais na locação de um DVD, mesmo tendo que esperar alguns meses para assistir tais filmes!
Nesta reportagem eles abordam algumas possíveis causas, apesar de não concordar com muitas descritas ali, uma delas sou obrigado a "assinar embaixo": O aumento significativo de carteirinhas de estudantes falsas para pagar meia entrada no cinema.
Eu já ví inúmeros casos como esse, inclusive antigamente (Não sei como está hoje) era possível fazer uma carteirinha de estudante até em lojas do MacDonalds, bastava você levar o boleto da faculdade/escola e 35 reais. Além da carteirinha, você ainda levava um cuponzinho para comprar 3 Big Macs na loja onde você fez a carteirinha.
Agora eu pergunto: Quantos boletos falsos não foram usados para que essas carteirinhas fossem confeccionadas? Hoje qualquer pessoa que entenda um pouco de computador sabe criar um HTML ou até mesmo copiar um HTML de um boleto original e alterá-lo adicionando seus dados. Isso é "mamão com açucar".
Devido a este crescimento de "estudantes" nos cinemas, as grandes redes de cinema aumentaram o valor do ingresso para que não saísse no prejuízo. É triste mas é verdade. Nós que procuramos agir honestamente e não cometemos este "crime de falsidade ideológica" são os maiores prejudicados, pois nós é quem pagamos as contas com o valor da entrada "inteira"!
Infelizmente brasileiro sempre gosta de levar vantagem em tudo! É aquele velho ditado conhecido como "Jeitinho Brasileiro". Sinceramente, as vezes tenho vergonha de ser brasileiro, principalmente quando constato tais atitudes "mesquinhas" e ridículas como essas.
Um comentário:
Grande Sam!
Confesso que não vou ao cinema como na adolescência (uns 10 anos atrás rs) por um motivo simples: a falta de educação nas salas de exibição. Sei que o local é de lazer, mas educação não escolhe hora e nem lugar para ser aplicada. Sacos de pipocas, latas de refrigerantes, conversas e celulares são alguns dos motivos que prefiro alugar filmes nas locadoras perto da minha casa, infelizmente.
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