quinta-feira, 26 de maio de 2011

Games - L.A. Noire [Primeiras impressões]


Sempre fui um grande fã da Rockstar e todo jogo que a empresa lança, procuro comprar no lançamento tendo a certeza de que estarei fazendo um excelente negócio, afinal Rockstar hoje em dia é sinônimo de qualidade no mundo dos games. Com L.A. Noire não foi diferente, e mesmo sabendo que o jogo foi produzido pela Team Bondi e que a RockStar estaria apenas como coadjuvante nesse jogo (Ou não?), já tratei de jogá-lo poucos dias após seu lançamento. Após algumas horas de jogatina, mesmo sem finalizá-lo, resolvi fazer este POST com as primeiras impressões do jogo.

Quem procurou ler sobre L.A. Noire antes de adquiri-lo deve saber que este jogo não é um SandBox como GTA e RDR. Além disso, o foco principal do jogo está nos diálogos e desenrolar da história, deixando a ação um pouco de lado. Tais pontos fizeram com que os “desavisados” se decepcionassem muito com ele, pois compraram pensando estar adquirindo um SandBox e se depararam com um jogo linear que se preocupa em colocar a ação de lado na maior parte do tempo.

Mas esta falta de liberdade atrapalha o jogo? Eu acredito que não, porém o que achei ridículo foi a RockStar fazer um estardalhaço enorme antes do lançamento do jogo se vangloriando de ter criado o maior mapa da história dos vídeo-games, porém subutilizá-lo num jogo linear que não pede para tal mapa ser explorado em sua totalidade. Essa foi uma das maiores mancadas que a empresa fez com este jogo na minha opinião!

Bom, “mas e a parte técnica?”, você deve estar se perguntando. Vou dividir os principais pontos como é de costume nas análises de jogos:

Gráficos

Gostei muito dos gráficos de L.A. Noire, principalmente na perfeita utilização do Motion Scan, que faz com que as expressões faciais dos personagens sejam extremamente reais. Outro ponto que vale destacar é a excelente ambientação da cidade de Los Angeles nos anos 40. O trabalho da Team Bondi nesse ponto foi espetacular e cada detalhe da cidade foi feito com o máximo de cuidado. Porém nem tudo são flores na parte gráfica do game, a versão do Xbox 360 sofre com sérios problemas de queda de frame e alguns popups freqüentes. Espero que a empresa lance um patch corrigindo isso futuramente.

Som

O som de L.A. Noire é algo espetacular. A trilha sonora é recheada de jazz e blues daquela época, fazendo com que a imersão seja maior enquanto se está jogando. E o que dizer do trabalho de dublagem implantado no game? Está excelente, afinal não adiantaria nada implantar uma tecnologia fantástica como o Motion Scan, se as falas dos personagens não condissessem com a fisionomia e sincronia labial dos mesmos, não é mesmo?

Jogablidade

Aqui o ponto fraco do jogo na minha opinião. Começando pelo controle do carro que é extremamente sensível e não muda em nada de um veículo para o outro. Qualquer toque no controle fará com que seu carro vire bruscamente, fazendo com que você mais pareça um bêbado dirigindo do que um policial treinado na condução de sua viatura. Outro ponto que detestei foi a movimentação do personagem. Muitos disseram que o personagem correndo parece o ciborgue do Exterminador do Futuro 2 (Rss). Tirando estes pequenos deslizes, o restante está bom, principalmente a troca de tiros muito similar a GTA IV (Pena serem relativamente escassas durante a jogatina).

Enredo

Como eu disse no início deste POST, não cheguei a finalizar o jogo, portanto não posso analisar este ponto como ele merece. Mas a primeira impressão que eu tive foi excelente, mesclando flashbacks para contar detalhes da história do personagem principal revelando aos poucos sua personalidade no decorrer da trama. Um grande amigo meu que chegou a finalizar o jogo, elogiou muito este quesito, dizendo inclusive que há uma reviravolta espetacular no meio do jogo, portanto creio que neste ponto estamos muito bem servidos em L.A. Noire.

Multiplayer

Não há multiplayer em L.A. Noire. Muitos disseram que não faz falta, eu já discordo, principalmente depois de jogar incessantemente os modos online de GTA IV e RDR. Creio que fiquei mal acostumado, portanto não há como não se decepcionar com a falta desta modalidade neste jogo.

Conclusão

Pra finalizar este POST com minhas considerações sobre L.A. Noire, gostaria de ressaltar um ponto muito importante que pode servir de alerta e evitar uma dor de cabeça desnecessária:

Se você não tem total fluência em Inglês e depende da leitura de legendas para entender 100% dos diálogos (Por causa das gírias e sotaques dos personagens), você correrá sérios riscos em “dar umas cabeçadas” na hora dos interrogatórios. Em L.A. Noire, você como policial precisa interrogar os suspeitos/envolvidos para colher provas e encontrar a solução dos casos, e por mais que você queira, é impossível ler as legendas e prestar atenção no rosto dos personagens ao mesmo tempo. E prestar atenção na fisionomia dos interrogados é crucial para descobrir se eles estão falando a verdade ou se estão mentindo pra você. Me peguei errando diversas conclusões por causa disso, o que é uma pena! Isso que tenho fluência no idioma e falo inglês praticamente todos os dias no meu trabalho devido a minha função dentro da empresa. Como eu disse, por melhor que você seja, é impossível entender 100% das falas, pois há muitas gírias e sotaques arrastados na fala dos personagens!

Outro ponto que vale ressaltar é que L.A. Noire não possui muitas cenas de ação e as missões secundárias não são muito variadas, ficando repetitivas com o tempo.

L.A. Noire é um excelente jogo, mesmo com alguns defeitos na sua mecânica, o enredo e mecânica de investigação vale o investimento pra quem gosta do estilo. Se você gosta de jogos onde é necessário raciocinar bastante, deixando a ação um pouco de lado, recomendo que você adquira este jogo o mais rápido possível. Agora se você é como eu, que gosta mais de “ver o circo pegar fogo” (Privilegia a ação), passe longe de L.A. Noire, pois este jogo te dará sono muitas vezes.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Filme - Crítica: Velozes e Furiosos 5: Operação Rio [Cinema]


Sinopse: Desde que Brian (Walker) e Mia Toretto (Brewster) libertaram Dom (Diesel), eles cruzaram muitas fronteiras para despistar as autoridades. Agora, escondidos no Rio de Janeiro, eles precisam de um último trabalho a fim de ganhar sua liberdade. Á medida que eles montam sua equipe de pilotos de ponta, esses aliados improváveis vêem que sua única chance de fugir de vez é enfrentar um empresário corrupto (Almeida), que quer vê-los mortos. Mas ele não é o único em seu encalço.

O intransigente agente federal Lucas Hobbs (Johnson) nunca erra o alvo. Quando ele é designado para rastrear Dom e Brian, ele e sua equipe  lançam um grande ataque para capturá-los. Mas, á medida que seus homens vasculham o Brasil afora, Hobbs descobre que não pode separar os bons dos maus. Agora, ele deve confiar em seus instintos para encurralar sua presa, antes que alguém a execute primeiro.



Crítica: Falar de Velozes e Furiosos pra mim é um pouco complicado, pois é impossível não misturar o sentimento de nostalgia que a série me traz, isso porque em 2001, quando o primeiro filme da série foi lançado, digamos que eu me encaixava perfeitamente no público alvo do filme: Jovem, amante de carros e solteiro disposto a utilizar o "carango" para impressionar as menininhas. Na época eu tinha uma picape Corsa Sport Azul Metálica lindona, com rodas e um baita de um som. O filme foi apenas um incentivo para manter meu carro ainda mais chamativo e passar a conhecer os segredos do Tunning. Bons tempos!

Hoje, 10 anos depois, estamos no quinto filme da série. De lá pra cá muita coisa mudou. Hoje meu carro não é nem um pouco tunado e aquela adrenalina de correr com os amigos rasgando o asfalto com o som no último volume deu lugar a um amadurecimento necessário que a idade me trouxe! (Filosófico não?) (Rss)

Mas apesar dos poucos cabelos brancos na cabeça, digamos que ainda estou vivo, certo? Portanto é bom voltar a sentir aquela sensação de liberdade e Velozes me traz isso, lembranças de uma época boa que não voltará jamais.

Mas prometo que farei uma crítica imparcial, tratando dos pontos negativos do filme (Que não são poucos) da maneira mais realista possível para que você vá ao cinema esperando o que encontrará pela frente. Mas calma, de antemão já digo que o filme não é ruim, ele é exatamente aquilo que você deve esperar dele, ou melhor, quase tudo.

Na trama Brian O'Conner e Mia Toretto libertam Don da prisão e resolvem fugir para o Rio de Janeiro. Lá eles encontram Vincent (Personagem do primeiro filme) e resolvem aplicar o último golpe, pois através dele, conseguirão a liberdade que eles tanto sonham. Para isso eles convocam seus amigos da velha guarda (Sim, muitos personagens dos 4 filmes anteriores retornam) para ajudá-los com o plano. Típica trama de filme de assalto não é mesmo? Pois é, e é justamente aí que o quinto filme peca: Velozes 5 deixa de ser Velozes e se transforma num "11 Homens e 1 Segredo" bem genérico. Isso é ruim? Acredito que não, pois o filme diverte e o assalto é digamos "bem realizado" (Apesar de ser extremamente forçado... rss), mas quem curte os filmes desde o primeiro, sentirá falta dos pegas, dos carros tunados, da adrenalina das corridas e perseguições, etc.

O filme até tem algumas cenas que remetem aos bons tempos da série, porém são insuficientes para fazer com que ele tenha a identidade do "Velozes" que conhecemos em 2001. Mas tirando este ponto de "perca de identidade", o filme vai acabar agradando os marmanjos que adoram cenas de ação, tiroteio, explosões e típicas frases de efeito para atiçar a testosterona que todo homem de verdade possui.

E o que dizer da ambientação do Rio de Janeiro? Eu já sabia que o filme não havia sido rodado por aqui, e sim em Porto Rico, mas pensei que seria pior. O diretor conseguiu fazer com que as locações em Porto Rico se parecessem bastante com a cidade maravilhosa. Há tomadas aéreas mostrando a cidade e há uma grande quantidade de cenas filmadas aqui. O que pode incomodar um pouco os mais puristas é a retratação do nosso país no filme, que de Brasil não tem nada (Apesar da frase de efeito que Don enfatizar no meio do filme - "This is Brasiuuuu"). Mas já adianto: Vá ao cinema sem se preocupar em ver um filme realista  preocupado em retratar a realidade brasileira. O filme não se preocupa em ser documental, pelo contrário, é um filme feito exclusivamente para satisfazer nossa necessidade de ver o "circo pegar fogo" na telona, mesmo que não seja o lugar de verdade que conhecemos.

Bom, mas você deve estar se perguntando: "E aí Sam, você recomenda?". Bom, recomendar eu recomendo, mas somente para os amantes de filmes de ação e que curtem os filmes da série como eu. Mesmo não sendo o Velozes e Furiosos que eu gostaria de ver, saí do cinema satisfeito.

Nota: 8,5

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Filme - Crítica: Incontrolável [DVD]


Sinopse: Uma composição carregada de produtos altamente tóxicos está desgovernada e o perigo é iminente. Um condutor (Chris Pine) e um maquinista experiente (Denzel Washington) precisam evitar que uma pequena cidade em seu caminho seja destruída. A única saída é botar em prática uma operação muito arriscada, mas o tempo corre contra eles. (RC)

Crítica: Não é segredo pra ninguém que sou fã incondicional de Denzel Washington. Ele, Russel Crowe, Johnny Depp, Christian Bale, George Clooney, Brad Pitt, De Niro e Edward Norton são os melhores atores na atualidade em Hollywood (Apesar dos dois últimos estarem se vendendo por dinheiro descaradamente, mas tudo bem). Porém, mesmo gostando do trabalho do ator, confesso que não me empolguei tanto quando "Incontrolável" estreiou nos cinemas aqui de Sampa. O principal motivo foi o diretor do filme, Tonny Scott, pois a parceria do diretor com Denzel estava em decadência por causa de filmes medianos (Pra não dizer, ruins) como "Deja Vu" e "O sequestro do metro 1 2 3". Até "Incontrolável", o único filme bom que o diretor fez com Denzel Washington no elenco foi o excelente "Chamas da Vingança", e para a nossa felicidade, eles voltaram a velha forma e fizeram deste trabalho recente um dos melhores filmes desta parceria (Se não for o melhor).

O filme relata uma história real de um acidente ferroviário que aconteceu na Pensilvânia. Após um erro humano, um trem carregado de produtos inflamáveis sai descontrolado pelas ferrovias do estado sem um maquinista operando-o, totalmente sem controle. Taxado de bomba sobre trilhos, o trem vai ganhando velocidade e passando por cima de qualquer coisa que atravessar o seu caminho. É aí que entra o personagem de Denzel Washington e Chirs Pine. Denzel é um funcionário antigo da empresa ferroviária e Pine é um novato que está iniciando sua carreira no ramo para mudar de ares (Como ele mesmo diz). Após uma série de tentativas frustradas para parar o trem, os dois personagens resolvem aplicar um plano suicida e é justamente a partir daí que o filme toma proporções de suspense, fazendo com que você não sai da cadeira até ver o final da história.

O filme é muito bem feito, adicionando cenas de noticiários como se estivéssemos em casa acompanhando o andar daquilo que poderia ser uma tragédia catastrófica. Tal edição além de trazer um ar "documental" (realismo) ao filme, tal decisão se mostra ainda mais acertada quando pensamos que tal coisa aconteceu de fato. Se você ainda não assistiu este filme, recomendo que você o faça o mais breve possível.

Nota: 9

Filme - Crítica: 72 Horas [DVD]


Sinopse: John Brennan (Russell Crowe) é um professor universitário que leva uma vida perfeita, até sua esposa Lara (Elizabeth Banks) ser acusada de ter cometido um crime brutal. Ela jura que não é a autora do crime. Após três anos de recursos judiciais sem sucesso, John percebe que o único meio de ter sua esposa de volta será tirando-a da prisão. Ele tem apenas 72 horas para elaborar o plano e executá-lo.

Crítica: Um dos atores mais talentosos da atualidade é Russel Crowe e filmes com ele geralmente são sinônimos de qualidade. 72 horas não foge a regra, apesar de não ser o melhor filme da talentosa carreira do ator. Crowe vive o papel de John, um pai de família apaixonado pela sua esposa e filho, que vê sua vida virar de cabeça pra baixo após se deparar com a prisão de sua esposa, acusada de assassinato. Acreditando na inocência de sua esposa, John tenta de todas as maneiras tirá-la da prisão através da justiça, infelizmente sem sucesso. Após perder as esperanças e se deparar com uma tentativa de suicídio de sua esposa, numa ação desesperada, John decide partir para o caminho mais difícil, tirar sua esposa de lá a força e fugir com ela e seu filho para um lugar remoto na esperança de voltar a ter a vida que tinham antes desta tragédia.

A história parece fantasiosa demais, e na verdade é, porém o diretor Paul Haggis consegue minimizar isso transformando John num cara comum, tentando desesperadamente conseguir maneiras de executar o seu plano com perfeição. Russel Crowe consegue expor a dor do personagem com uma delicadeza incrível, fazendo com que o personagem se afunde em depressão cada vez maior ao ver que tal ação poderá ser crucial para trazer sua vida de volta ou acabar de destruí-la de uma vez por todas.

72 horas pode ser considerado basicamente um filme de suspense, porém o filme toma ares de ação no terceiro ato quando John inicia a execução do seu plano. Se você gosta de filmes neste estilo, não deixe de conferir 72 horas. Vale a pena!

Nota: 8,5

Filme - Crítica: O Garoto de Liverpool [DVD]


Sinopse: John Lennon (Aaron Johnson) é um jovem que não aceita bem as regras impostas na escola e dentro de casa. Abandonado pela mãe quando tinha cinco anos, ele vive com seus tios George (David Threfall) e Mimi (Kristin Scott Thomas). Quando George morre, Lennon é obrigado a viver com Mimi, extremamente austera e sisuda. No funeral do tio ele vê sua mãe (Anne-Marie Duff), que se mantém afastada. Seu primo consegue o endereço dela, o que faz com que Lennon resolva visitá-la. O reencontro com o filho é a realização de um sonho para Julia, que passa cada vez mais seu tempo com ele. Animada e um tanto quanto inconsequente, ela apresenta ao filho o rock'n'roll. Logo, desperta nele a vontade de montar uma banda de rock.

Crítica: Antes de iniciar esta crítica, preciso confessar uma coisa a vocês, caros amigos leitores: “Não sou fã dos Beatles, aliás, nunca gostei da banda”. (Podem lançar as pedras. Eu agüento). Mesmo não sendo um fã da banda, não há como não reconhecer a importância da mesma para o gênero de música que eu mais gosto, o Rock’n Roll. Mas deixando preferências musicais de lado, o motivo de eu ter citando a banda inglesa é que este filme retrata justamente a época de adolescência do líder da banda, Lennon, onde nessa mesma época ele conheceu outros dois integrantes do Beatles (George Harrison e Paul MacCartney) e começaram a formar suas primeiras bandas em busca do sucesso.

Mas engana-se quem acha que o foco central da história está no relacionamento de Lennon com os colegas de banda, ou a criação de músicas que os tornaram famosos. Em “O Garoto de Liverpool” a diretora preferiu retratar a história de Lennon numa abordagem mais pessoal, mostrando o relacionamento dele com a tia Mimi (Que o criou) e sua mãe Julia (Que o abandonou aos 5 anos de idade).

Às vezes você que é fã da banda já conhece esta fase de Lennon, mas no meu caso (Que não conhecia), o filme se tornou uma grata surpresa pela história em si. Além disso, adoro filmes que retratam os anos 60. A única coisa que não me agradou muito foi a aparência dos atores, pois em nada lembram os membros do Beatles, principalmente o ator que interpreta Lennon (O cara é mais parecido com o Elvis). De qualquer forma, “O Garoto de Liverpool” é um excelente filme, principalmente para aqueles que gostam da banda mais famosa do planeta. Recomendo!

Nota: 9