sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Filme - Crítica: Furia de Titãs [Blu-Ray]


Sinopse: Em 'Fúria de Titãs', a disputa pelo poder lança os homens contra os reis, e os reis contra os deuses. Mas a guerra em curso entre os deuses já é suficiente para destruir o mundo. Nascido de um deus, porém criado como homem, Perseu (SAM WORTHINGTON) se vê indefeso para salvar a família da aniquilação por Hades (RALPH FIENNES), o vingativo deus do reino dos mortos. Sem nada a perder, Perseu se oferece como voluntário para comandar a perigosa missão de derrotar Hades, antes que este consiga obter poder de Zeus (LIAM NEESON) e instalar o inferno na Terra. Liderando um grupo de guerreiros, Perseus parte numa arriscada jornada nas profundezas dos mundos proibidos. Combatendo demônios cruéis e monstros terríveis, ele somente irá conseguir sobreviver se aceitar seu poder como um deus, desafiar a sorte e criar seu próprio destino.

Crítica: Ontem chegou “Fúria de Titãs” em Blu-Ray nas locadoras, e como eu estava curioso para ver como ficou a refilmagem deste clássico dos anos 80, resolvi alugá-lo antes de chegar o final de semana. A curiosidade era grande! (Rs)

O filme faz uma mistura de mitologia grega, adicionando monstros de outras mitologias (Como Kraken da mitologia nórdica). A história é bem simplória, um embate entre deuses, liderados por Zeus (Liam Neeson) e humanos (Sua própria criação). Zeus depende das orações dos humanos, mas vê seu povo se rebelar contra os deuses. É aí que a maior cidade dos homens, Argos, é colocada em xeque pelos deuses quando exigem seu tributo de fé: o sacrifício da bela princesa Andrômeda. Caso o sacrifício não seja feito, a cidade será devastada pelo mais temido monstro da terra, Kraken. Porém, um jovem semideus chamado Perseu (Sam Worthington), surge disposto a lutar em favor dos humanos e matar Kraken e Hades (Responsável pela morte de sua família).

Visualmente o filme é belíssimo, principalmente em Blu-Ray. As cenas do mar, desertos, montanhas, etc, são um colírio para os olhos. O filme é recheado de excelentes efeitos especiais, mostrando lutas inspiradas e cenas de tirar o fôlego. Tudo isso, somado a um som maravilhoso e uma trilha épica interessante. Se você tem um aparelho de Blu-Ray e um bom Home Theater em casa, irá se deliciar com a trilha em DTS-HD disponível no disco.

Porém nem tudo são flores, infelizmente o longa não se preocupa em trabalhar os personagens, colocando-os como se fossem marionetes prontas para aceitarem seus destinos. Mas sinceramente, isso não tirou a diversão do filme. Foram 2 horas de pura ação e entretenimento. Gostei bastante do filme e recomendo, principalmente se você gosta de filmes de ação. Garanto que você não vai se arrepender.

P.S: O Blu-Ray do longa além de ser excelente em termos de imagem e som, possui ótimos extras, inclusive a função BD Live.

Nota: 8,5

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Não gosto de falar mal do país onde....

Hoje no horário do almoço tive uma conversa interessante com alguns amigos do trabalho. O assunto? Brasil e seus problemas.

Eu sou um cara que não gosto de ficar falando mal do país onde nascí, mesmo tendo nascido em um Hospital Público nojento, fruto da precariedade do sistema público de saúde.

Não gosto de falar mal do país onde viví a minha infância, mesmo tendo que morar numa casa pequena e rodeada de portões enormes por causa da falta de segurança lá fora.

Não gosto de falar mal do país onde aprendi a ler e escrever, mesmo vendo a dificuldade dos meus pais para conseguir uma bolsa de estudo numa escola particular, já que a grande maioria das escolas públicas deste país são no mínimo precárias.

Não gosto de falar mal do país onde viví a minha adolescência, mesmo tendo que morar num bairro rodeado de favelas, com pessoas passando fome e, sem alternativa, buscando sobreviver através do crime.

Não gosto de falar mal do país onde conseguí o meu primeiro emprego, mesmo que tenha sido aos 16 anos de idade, onde ao invés de estar somente estudando, tive que trabalhar durante o dia para conseguir pagar os meus estudos a noite em um colégio particular, já que o ensino público deste país, como eu disse anteriormente, sempre foi precário.

Não gosto de falar mal do país onde meus pais e avós vivem, mesmo vendo a dificuldade deles ao terem que pagar valores astronômicos para planos de saúde particulares, já que o INSS que é descontado de vossas aposentadorias é sinônimo de piada por aqui.

Não gosto de falar mal do país onde comprei o meu primeiro carro, mesmo que tenha sido um Fiat Uno 1.0 pelo mesmo preço de um Corolla completo lá nos EUA/Europa.

Não gosto de falar mal do país onde continuo trabalhando atualmente, mesmo sabendo que 6 meses do ano são para pagar impostos sem retorno algum deste dinheiro.

Não gosto de falar mal do país onde voto, mesmo sabendo que pessoas como Ex-BBBs e "Tiriricas" se candidatam a um cargo político e conseguem se eleger.

Não gosto de falar mal do país onde....

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Filme - Dupla Implacável [DVD]

Sinopse: A vontade de um agente do governo norte-americano de brilhar além das sombras da sua profissão se torna realidade quando ele está lado a lado com seu novo parceiro no crime - Wax. Como os dois estão em Paris em uma missão antiterrorista de paz, o nosso jovem agente descobre que a pior arma é a que mais amamos.

Crítica: Sabe aquele filme cheio de ação que ao terminar de assisti-lo você se pergunta: Qual era a história mesmo? Ao fazer essa pergunta, seu sentimento de “macho” já foi devidamente satisfeito ao ter presenciado duas horas de puro tiroteio e violência causada pelos “malucos”, ops, quer dizer, “mocinhos” do filme. Ou vai me dizer que você esperava algo diferente de um filme de Luc Besson? (Rss).

Dupla Implacável é exatamente isso que descrevi acima. O filme esquece a história completamente e parte para a pancadaria/tiroteio sem se preocupar em adicionar chineses traficantes e árabes terroristas no mesmo caso policial.

No filme conhecemos James Reece, assessor e um dos responsáveis pela segurança do embaixador americano na França. Fora do seu ambiente de trabalho, James recebe ordens de uma voz misteriosa, colocando-o para fazer trabalhos pequenos como trocar a placa de um carro que será usado em uma missão mais importante. O cara sonha em se tornar agente secreto e se sujeita a fazer este trabalho aguardando a tão sonhada promoção, e não demora muito para que a chance de James apareça. E é aí que entra o personagem de Travolta, um agente falastrão designado para ser o parceiro de Reece numa missão de segurança num importante encontro do governo americano e francês em Paris.

A partir daí vemos a dupla trabalhando junta para.... para.... “Ih caramba, no que eles estavam trabalhando mesmo? Ah, deixa pra lá”. Só sei que eu vi um monte de chineses traficantes serem mortos e logo em seguida os dois agentes já estavam no encalço de uma rede terrorista formada por árabes para acabar com um plano de atentado a este evento importante do governo. Sim, uma salada geral, temperada com muito tiro e pancadaria. AH, e quase esqueci: Tem uma reviravolta na “trama” pra deixar a coisa ainda mais “interessante”. (Rss)

Como diversão, até que não foi ruim, mas bem que o filme poderia tratar o público com maior respeito e pelo menos entregar uma história mais simples e plausível. De qualquer forma, se você procura um filme de ação “descerebrado”, Dupla Implacável pode ser uma boa opção. Agora, se você é aquele cara que exige que a ação esteja associada a um roteiro inteligente, procure outra opção.

Nota: 7

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Games - Mafia II [Demo]: Impressões


Essa semana foi disponibilizado a DEMO de Mafia II na Xbox Live. Confesso que estou de olho em “Mafia II” desde os primeiros vídeos, pois um dos meus jogos favoritos na geração passada foi “The Godfather” (PS2). Como fã de filmes de mafiosos, nada melhor do que poder jogar um GAME que te coloque no papel de um gangster.

Download concluído, jogo iniciado, START apertado e..... Cacete! A primeira decepção: A maldita jogabilidade. A câmera e a movimentação do personagem está horrível. Está longe de ser uma jogabilidade fluída como os jogos da Rockstar (GTA IV, Red Dead Redemption, etc). Além disso, me decepcionei muito com os gráficos, que tanto me chamaram a atenção nos vídeos. Longe daqueles gráficos limpos e bem definidos vistos anteriormente (E antes que alguém fale: “Ah, é problema da sua TV”, saiba que não é este o motivo, pois tenho uma ótima TV ligada ao Xbox 360).

Passada a primeira impressão (Que não foi das melhores), comecei a jogar para ver quais eram as novidades. Depois da decepção, veio a primeira surpresa agradável: A revista no balcão da cozinha (Logo no começo da DEMO). Que beleza hein? E de pensar que tem 50 revistas dessas espalhadas pelo jogo. Prevejo “nerds tarados” caçando estas revistas desesperadamente durante a jogatina. (Rss).

Logo ao sair da casa, escolhi o carro e fui dar uma volta pela cidade. Apesar do mapa ser pequeno, pude notar diversos detalhes interessantes, como muita gente na rua, carros e uma melhoria significativa no gráfico. Pena que os danos no veículo não estão muito legais como em GTA IV, mas cumprem o seu papel.

Uma coisa interessante que notei foi o limite de velocidade e a obrigação imposta ao jogador para andar na linha quando estiver ao volante. Passou do limite de velocidade ou atropelou alguém na rua, se tiver uma viatura por perto (E olha que são muitas), você está ferrado: Será perseguido e se parado, terá que pagar uma multa, preso ou.... usar das habilidades “extracurriculares” de um bom mafioso: A propina. Gostei disso (Rss), apesar de ter certo receio quanto ao comprometimento da diversão por causa destas pequenas restrições.

Confesso que não fiquei vagando muito pela cidade para observar mais detalhes, fui direto para a única missão da DEMO. E é lá que entra outra parte da jogabilidade: O tiroteio aliado ao sistema de cover. A missão é curtíssima, mas deu para ter uma noção da coisa toda. Não está 100%, mas não compromete. O sistema de cover necessita de melhorias, mas o resultado final acabou me agradando (Mesmo com aquela jogabilidade “estranha” com relação à movimentação do personagem).

Terminando a missão, a DEMO acaba e a sensação deixada é um misto de frustração e ansiedade. Frustração pelo fato de não ser tudo aquilo que eu estava esperando e ansiedade por torcer para que estes pequenos problemas na jogabilidade e gráficos sejam corrigidos e que na versão final tenhamos um jogo fantástico. Potencial o jogo tem, pois o roteiro parece ser espetacular, porém para que a diversão seja completa, torço para que tenhamos um jogo tecnicamente perfeito. Vamos ver como a versão final vai se sair! Oremos!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Filme - Crítica: A Estrada [DVD]


Sinopse: Um evento cataclísmico atingiu a Terra, devastando-a por completo. Milhões de pessoas foram erradicadas por incêndios, inundações, a energia elétrica se acabou e outras morreram de fome e desespero. Um pai e seu filho resolvem partir em uma longa viagem pela América destruída, em direção ao oceano, em uma épica jornada de sobrevivência nesse mundo pós-apocalíptico. Os dois devem permanecer unidos, contando com uma imensa força de vontade que mantém suas esperanças vivas, não importa a qual custo, para enfrentar todos os obstáculos, desde as condições adversas de temperatura até uma gangue de caçadores canibais.

Crítica: Fazer a crítica de um filme pode ser bem complicado às vezes. Geralmente você dá a sua opinião levando em consideração aspectos técnicos e principalmente a diversão que o filme traz ao espectador. Pensando por este lado parece fácil, não é mesmo? O problema é quando o filme mexe com seus sentimentos e faz com que você termine de vê-lo chorando igual uma criancinha. Quando você chega nesse ponto, seu senso crítico já “foi para o espaço”, pois é impossível ser imparcial nestes casos.

Portanto amigos, aqui vai um alerta: Esta crítica que estarei escrevendo agora é totalmente parcial, pois “A Estrada” conseguiu tal feito mencionado no parágrafo acima.

No filme acompanhamos a jornada de um pai (Mortensen) e filho (Smit-McPhee) buscando a sobrevivência em um mundo pós-apocalíptico sem vida animal/vegetal e totalmente hostil, principalmente por causa do canibalismo que se tornou freqüente entre os sobreviventes. Além disso, acompanhamos a esposa (Theron) do homem em Flashbacks, que simplesmente não consegue viver na situação catastrófica em que a humanidade passou a viver, principalmente após dar a luz ao menino (seu único filho).

A Estrada não busca soluções fáceis para o roteiro e nem se destaca por cenas de ação. O maior mérito do filme é explorar o lado psicológico de toda a rotina de sobrevivência dos personagens principais. Tanto pai e filho sofrem com a fome, falta de higiene e principalmente a falta de esperança. Mesmo tomados pela desgraça, eles ainda continuam lutando por sua sobrevivência, levando seus princípios morais acima da sobrevivência ao resistirem ao canibalismo e ao crime.

Vivendo constantemente em perigo, pai e filho carregam um revólver com duas balas, uma para cada um. Mesmo amando seu filho mais do que qualquer coisa, o pai vive assombrado pelo momento em que terá que tirar a vida do seu próprio filho para evitar que ele caia nas mãos dos canibais e sofra ainda mais. Aliás, é este amor pelo filho que motiva o pai a seguir adiante, não perdendo a esperança de encontrar um local seguro para sobreviverem.

A Estrada te coloca em xeque o tempo todo, fazendo com que você se questione e se coloque no papel dos personagens durante as 2 horas de filme. Se você é pai então, prepare-se para se identificar ainda mais com a história daquele homem. Por muitas vezes me peguei pensando no meu filho e tentando imaginar o sofrimento do personagem ao ter que ver o seu filho naquela situação, tendo que muitas vezes deixar de comer para poder dar algo ao menino. É um filme pesado emocionalmente, saiba disso, tanto é que no final do filme, quando “a ficha caiu”, chorei compulsivamente durante alguns minutos e abracei ao meu filho como nunca fiz antes. Como eu disse, A Estrada está acima do meu senso crítico e tenho certeza que este filme ficará gravado para sempre na minha memória, portanto vou me abster de dar uma nota à ele, pois qualquer valor que eu colocasse ali, seria injusto de alguma maneira.

Nota: Sem nota